O primeiro livro de Lima Barreto, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, foi publicado em 1909 pela Livraria Clássica de Lisboa. Na ocasião, o escritor enviou uma carta para o proprietário, Antonio Maria, na qual oferecia como pagamento da edição e publicação, alguns livros para comercialização.
A obra tem referências autobiográficas, tratando de temas como racismo e subordinação. Nela acompanhamos a história de Isaías Caminha, um jovem negro que quer se tornar “doutor” no Rio de Janeiro.
Alguns críticos da época não gostaram do tom de denúncia da obra, o que prejudicou o início da carreira do escritor. Algumas críticas feitas por Lima Barreto a Edmundo Bittencourt – proprietário do Correio da Manhã – fez com que o autor se tornava persona non grata neste e em outros grandes jornais do Rio de Janeiro.
Já Monteiro Lobato elogiou o livro, dizendo que era um “dos tais legíveis de cabo a rabo”.